domingo, 17 de novembro de 2013

Noivos cegos 'enxergam' casamento por meio da audiodescrição.

A noiva usa um vestido branco tomara que caia de renda com brilho. O busto é rebordado e o decote é todo contornado com strass. Ela segura um buquê de rosas vermelhas, delicadamente ilustrado com pequenos cristais. O noivo está sorridente. Ansioso pela chegada da noiva, Rafael anda de um lado para o outro. Roberta, agora, vai caminhando lentamente pelo tapete vermelho em direção ao altar. Ela está sorrindo. Rafael, à frente, não consegue conter sua emoção".   Assim, a audiodescritora Livia Motta narrou o casamento de Roberta Fernandes, 37, e Rafael Maurício da Silva, 38 no último dia 23 de junho, em Osasco (Grande São Paulo). Os dois são cegos. Rafael perdeu a visão em 2001 por causa de um descolamento na retina. Roberta ficou cega em decorrência do diabetes, em 2008.

Acesse o link do vídeo, que  esta na versão autodescritiva: 
http://mais.uol.com.br/view/e0qbgxid79uv/noivos-cegos-enxergam-casamento-por-meio-da-audiodescricao-04020C9C3364C0B94326?types=A&

Notícia do Jornal  Folha de São Paulo 
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Melina Cardoso 
Carlos Cecconello

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Matrizes Lógicas favorece o desenvolvimento cognitivo de alunos com Deficiência Intelectual.

      Matrizes Lógicas : um meio de intervir na estrutura cognitiva do sujeito.


 Objetivo: Matrizes Lógicas é um instrumento usado para estimular habilidades que permitam um melhor desenvolvimento da estrutura cognitiva.


         Auxilia no desenvolvimento

  • Planejamento ;
  • Raciocínio Lógico;
  • Atenção;
  • Organização;

    Considerações Sobre as Matrizes Lógicas

  • Respeitar o nível cognitivo da criança ;
  • Não dizer que esta errado;
  • Nunca dizer como fazer , deixá-lo descobrir as possibilidades de ação ;
  • Pode ser usado como jogo;

    Como Jogar

  • Posicionar as fichas do lado externo do tabuleiro, pode ser na vertical ou horizontal;
  • Colocar as peças de modo que atenda às duas características ( que podem ser de cores, tamanho, gravuras, forma geométrica e outros ) ;
  • Não avançar enquanto não superar a fase inicial.



segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Histórias divertidas





                        
                     
Dona Vaca Maricota anda muito da aflita.

Botou um laço de fita, uma blusa de cocota.



Olha a Vaca Maricota como ficou esquisita: faz de tudo, se enfeita, pra ficar muito bonita!
 
Botou saia de cetim bordada de margarida, pintou a boca enorme com tinta cor de carmim.

- Sou a vaca Maricota, quero que olhem pra mim!

Calçou seu sapato de verniz, a meia era muito fina, com malha esburacada.
Maricota foi pra feira, toda assim, tão perfumada, com perfume encharcada de flores de violetas, atrás da vaca voavam mais de doze borboletas! Aí, a vaca chegou na feira, numa barraca, comprou um colar "de ouro", imitação bem barata . . . e ficou ali na feira esperando um gordo touro, seu amor, seu namorado, seu xodó, lindo tesouro!
O touro veio se chegando e olhou pra Maricota, levou susto, deu chifrada, avançou na namorada.
Ele não a reconheceu...coitadinha da Maricota !
Voou laço, voou fita, sapato, cordão de ouro . . .aí. . . sobrou Maricota, e o touro a reconheceu: 
- Maricota, minha vida , meu amor é você ???
Maricota desde então aprendeu a lição!




Histórias divertidas

                                                                                                                                                                      
                Tio Damião é faroleiro numa ilha. À noite, ele acende o farol para os navios não se chocarem com os recifes do mar.
Cícero e Dedé foram visitar Tio Damião e viram que ele estava apavorado.
                                
- Coisas estranhas estão acontecendo. Todas as noites, um vulto gigante assusta a mim e o meu cachorro Sagu - disse Tio Damião.



Cícero e Dedé adoram aventuras. À noite subiram as escadas do farol, acompanhados  de Sagu,e foram investigar o mistério.
Lá em cima não viram nada. Resolveram dormir ali para ver o que aconteceria.


Já era bem tarde quando acordaram com um barulho estranho numa das janelas do farol. Logo depois houve silêncio.

Os meninos criaram coragem e foram ver o que era.
- Oh! Então é isso que apavora o Tio Damião?! - exclamaram.
Era um pequeno pelicano que, depois das pescarias noturnas, vinha secar-se à luz do farol.
Sua sombra se projetava, aumentada sobre uma pedra em frente e dava a impressão de ser um monstro.
Tio Damião riu muito quando as crianças lhe contaram a descoberta.
- Vejam só! Eu, um velho lobo-do-mar, com medo de um pelicano!
Agora Tio Damião tem outro amigo na ilha. Só que de vez em quando precisa tirar o dorminhoco da frente da luz do farol.




                                   http://www.contandohistoria.com/menuhistoria.htm

sábado, 7 de setembro de 2013

INOVAÇÃO EM EDUCAÇÃO COM ÊNFASE NO AEE


A Pedagogia e a Informática são áreas distintas, mas quando trabalhadas conjuntamente proporcionam avanços significativos para o aprendizado global dos nossos alunos, tendo em vista que é a intencionalidade na aquisição de novos conhecimentos o elo que as unem. Desta forma, a Informática estará atuando não só sobre o conhecimento, mas possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem, estimule o conhecimento e a criatividade, e ainda possibilite sempre uma solução possível.

De que forma o uso dos Recursos Informatizados influenciam no processo de aquisição de conhecimentos, principalmente em pessoas com deficiências? Como se dá a interação com estas máquinas? Numa abordagem Inclusiva, o uso da informática como instrumento pedagógico e de acessibilidade , possibilita um novo paradigma educacional, uma nova forma de se olhar e trabalhar o aluno com deficiências pois "procura aumentar as capacidades funcionais e assim promover a independência e a autonomia de quem as utiliza”. (MELO, 2007, p. 94).

O computador representa uma ferramenta atrativa, significativa, evidenciadora de habilidades e interesses, tendo em vista que os recursos oferecidos pela informática podem ser facilmente adaptados ao nível intelectual e ás necessidades especificas do aluno com deficiência, e, portanto constitui-se uma ferramenta da tecnologia assistiva.

Entende-se por Tecnologia Assistiva ( TA)  todo arsenal de recurso e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente promover vida independente e inclusão (MEC, 2006).

Como recurso de  TA, sugere-se que a utilização do computador , seja gradativa, identificando inicialmente a necessidade e interesse que o aluno tem em utilizar o computador, o que ele quer escrever ou comunicar, bem como o que o motiva a usá-lo. Compete ao professor fazer uma análise detalhada da atividade selecionada, para poder perceber o que é necessário para a realização da mesma. Compreender as habilidades específicas do aluno torna-se fundamental em qualquer modalidade de ensino, mais especificamente numa abordagem inclusiva. Quanto mais próximo o professor estiver do aluno, na medida em que o trabalho se consolida, novas formas e estratégias serão desenvolvidas possibilitando-o um ambiente criativo, contextualizado e repleto de condições e alternativas para um aprendizado efetivo.

 Portanto, a escolha do método de acesso ao computador (hardware convencional ou adaptado) irá depender das especificidades e habilidades do aluno e da atividade (software) a ser selecionada. Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho, pois criam um ambiente de aprendizagem em que o lúdico, a solução de problemas, a atividade reflexiva e a capacidade de decisão são privilegiadas. Desenvolvem a aprendizagem ativa, controlada pela própria criança, já que permite representar ideias, comparar resultados, refletir sobre sua ação e tomar decisões, favorecendo a autoria no processo de aprendizagem. Possibilita o desenvolvimento das funções perceptiva de atenção, discriminação, memória auditiva e visual, memória sequencial, coordenação viso-motora.

Nos aspectos cognitivos favorece a resolução de problemas, lógica-matemática, capacidade de síntese, leitura e escrita. Emocional possibilita o desenvolvimento da autoestima, autonomia e independência, estabelece limites, controla a ansiedade, rapidez de interpretação e resposta e a organização na realização das tarefas.

 Os softwares podem se apresentar de duas formas: abertos ou fechados. Os softwares fechados são aqueles em que não há intervenção da criança, apenas participação nas ações já previamente estabelecidas. Neles, encontramos jogos e desafios. O jogo, por exemplo, gera prazer e interesse, ao mesmo tempo auxilia na aquisição do autoconhecimento, ensina a lidar com símbolos e a pensar por analogia. A criança passa a entender regras e aprende a lidar com elas. Ele trabalha a formação de conceitos e de desenvolvimento de habilidades. 



Existe uma enorme quantidade de recursos físicos, ou seja, hardware, adaptados para atender aos portadores de deficiência física que possuem, por exemplo, dificuldades de locomoção e de limitação de certos movimentos. De modo simplificado, podem-se classificar em:

1. Adaptações físicas ou órteses - são todos os aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no corpo do aluno e que facilitam a interação do mesmo com o computador. Exemplos: capacete com ponteira e pulseira de pesos.

2. Adaptações de hardware – de modo geral, todos os aparelhos ou adaptações presentes nos componentes físicos do computador, nos periféricos, ou mesmo,quando os próprios periféricos, em suas concepções e construção, são especiais e adaptados. Exemplo: as adaptações de teclado e do mouse.                                                      

3. Softwares especiais de acessibilidade, tais como Logo, Hagaquê, Internet, aplicativos do Office.



O uso da Tecnologia na Educação Inclusiva é além de importante, necessária , pois  possibilita à pessoa com deficiência oportunidades de aprendizagem, de  socialização, enfim , de qualidade de vida.

Referências bibliográficas 


COSTA, Maria Luiza Andreozzi. Piaget e a Intervenção Psicopedagógica, São Paulo: Editora Olho d’agua, 2002.

FERNANDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada: Abordagem Psicopedagógica Clínica da Criança e Sua Família, Porto Alegre: Artmed Editora, 1991. 

MACHADO, N.J. Epistemologia e didática: as concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez Editora, 1996. 

VIEIRA, Fábia Magali Santos. A Utilização das Novas Tecnologias na Educação numa Perspectiva Construtivista. 22? Superintendência Regional de Ensino de Montes Claros Núcleo de Tecnologia Educacional – MG7 – ProInfo – MEC 

VITORINO, Janete Leony.O trabalho psicopedagógico e a aprendizagem segundo a abordagem Vygotskyana.

WEISS, Alba Maria Lemme, CRUZ, Mara Lúcia R. M. da. A Informática e os Problemas Escolares de Aprendizagem, Rio de Janeiro: DP&A editora, 2001 

WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia Clínica: uma Visão Diagnóstica 14°edição, Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

sábado, 3 de agosto de 2013

A importância da elaboração do plano de ação na sala de recurso multifuncional( SRM)







As atribuições do professor da sala de recurso multifuncional  são especificas, e devem acima de tudo, contribuir para a autonomia das crianças com deficiências na construção do conhecimento, favorecendo aprendizado e desenvolvimento necessário à superação das dificuldades. Elaborar, produzir e organizar recursos pedagógicos, levando-se em consideração as especificidades do aluno , assim como elaborar e executar o plano de atendimento educacional especializado AEE , entre outras funções, é de responsabilidades do professor da SRM.
Desenvolver parcerias com a família, conhecer as particularidades da criança com deficiência, suas dificuldades, desejos, habilidades, preferências e potencialidades, assim como interagir com os professores da sala regular, da recreação e da informática e acompanhar o aluno nos demais espaços escolares, possibilita ao professor da SRM registrar informações e observações de fundamental importância para a elaboração do plano de ação especifico para cada aluno. Possibilita também , a definição do objetivo a ser alcançado, da  metodologia adequada e dos instrumentos a ser utilizado,  que poderão ser construidos, adquiridos ou adequados de acordo com a necessidade do aluno. 
A elaboração do plano de AEE pressupõe uma ação investigativa e bastante criteriosa, acerca dos problemas que limitações o desenvolvimento, seja cognitivo, motor, de aprendizagem, social, de linguagem, ou afetivo do aluno, portanto é de fundamental importância o rigor na organização e elaboração deste.
Ao concluir as etapas do plano (apresentação do problema, esclarecimento do problema, identificação da natureza do problema e resolução do problema) as informações contidas darão suporte e nortearão o fazer pedagógico do professor no AEE e consequentemente contribui para o desenvolvimento da aprendizagem. O professor deve reavaliar periodicamente o plano de atendimento , pois partindo da necessidade do aluno, novos ajustes devem ser realizados.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Escola Especial, Escola comum e Inclusão

O critério de organização da clientela destinado à Educação especial eram pessoas que não correspondiam aos padrões de normalidade ditada pelas classes sociais vigentes. Os diversos tipos de atendimentos destinados eram isolamento, segregação e uso de práticas disciplinares visando “corrigir comportamentos inadequados”.
Somente no final do século XIX, foi-se desenvolvendo novas práticas com a finalidade de tratar e curar as deficiências. Para cuidar, dar proteção e tratamento médico , as pessoas eram segregadas às intuições clínicas, hospícios ou hospital mental. Era o paradigma da institucionalização.
Desta concepção equivocada e a partir dos ideais de desenvolvimento humano descarta-se a possibilidade de intervenção para a superação dessas condições. Passa-se, portanto a adotar a categorização das deficiências nas escolas especial de ensino.
No Brasil o atendimento pioneiro foi dos cegos (criação do imperial institutos dos meninos cegos em 1954, atual instituto Benjamim Constant - IBC ) e dos surdos ( criação do instituto dos surdos mudos em 1857, atual instituto nacional da educação dos surdos - INES). A educação especial, portanto organizou-se como atendimento educacional especializado e era substitutivo ao ensino regular.
Em 1961 o atendimento educacional às pessoas com deficiência passa a ser fundamentado pela LDB de nº 4024 de 61 que “aponta’ o direito dos excepcionais à educação " preferencialmente no sistema geral de ensino.
A LDB nº 5692 de 71, defini tratamento especial para as pessoas com deficiências, mas não promove a organização capaz de atender as necessidades educacionais especiais reforçando o encaminhamento dos alunos às classes e escolas especiais.
Em 1973 com a criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP) , que é responsável pelo gerenciamento da Educação Especial, no Brasil, ações educacionais são desenvolvidas às pessoas com deficiências, mas também não é organizado em atendimento especializado que considere as singularidades de aprendizagem desses alunos.
O instrumento jurídico precursor em relação à Inclusão foi a constituição Federal de 1988. “A Constituição Federal de 1988 traz como um dos seus objetivos fundamentais “ promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º inciso IV). Define, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” , como um dos princípios para o ensino e, garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).

A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº 9.394/96, no artigo 59, assegura aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades, assim como versa condições específicas para a avaliação de alunos com deficiência ( terminalidade específica, aceleração aos superdotados e outras).
A partir da década de 90, todos esses princípios foram reforçados por demais documentos que destacam questões legais, políticas e pedagógicas referentes à escolaridade de alunos com deficiências, como:
- a Política nacional de educação Especial na Perspectiva da educação Inclusiva;
- a Convenção sobre os Direitos das pessoas com deficiências ( ONU, 2006);
-o Decreto nº 6.571/2008 ;
- a Resolução CNE/ CEB n/ 04/2009 (que defini Diretrizes Básicas para o AEE);
- a Resolução CNE/ CEB n/ 04/2010 (que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica e dispõe sobre a organização da Educação Especial como parte integrante do projeto pedagógico da escola regular).
O processo de Inclusão, esta amparado pela LEI, mas acima de tudo é necessário repensar não somente o conceito de educação como direito para todos mas, como desenvolver ações pedagógicas que sejam efetivamente Inclusivas.

Maria Luciara Nogueira Gomes