sábado, 7 de setembro de 2013

INOVAÇÃO EM EDUCAÇÃO COM ÊNFASE NO AEE


A Pedagogia e a Informática são áreas distintas, mas quando trabalhadas conjuntamente proporcionam avanços significativos para o aprendizado global dos nossos alunos, tendo em vista que é a intencionalidade na aquisição de novos conhecimentos o elo que as unem. Desta forma, a Informática estará atuando não só sobre o conhecimento, mas possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem, estimule o conhecimento e a criatividade, e ainda possibilite sempre uma solução possível.

De que forma o uso dos Recursos Informatizados influenciam no processo de aquisição de conhecimentos, principalmente em pessoas com deficiências? Como se dá a interação com estas máquinas? Numa abordagem Inclusiva, o uso da informática como instrumento pedagógico e de acessibilidade , possibilita um novo paradigma educacional, uma nova forma de se olhar e trabalhar o aluno com deficiências pois "procura aumentar as capacidades funcionais e assim promover a independência e a autonomia de quem as utiliza”. (MELO, 2007, p. 94).

O computador representa uma ferramenta atrativa, significativa, evidenciadora de habilidades e interesses, tendo em vista que os recursos oferecidos pela informática podem ser facilmente adaptados ao nível intelectual e ás necessidades especificas do aluno com deficiência, e, portanto constitui-se uma ferramenta da tecnologia assistiva.

Entende-se por Tecnologia Assistiva ( TA)  todo arsenal de recurso e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente promover vida independente e inclusão (MEC, 2006).

Como recurso de  TA, sugere-se que a utilização do computador , seja gradativa, identificando inicialmente a necessidade e interesse que o aluno tem em utilizar o computador, o que ele quer escrever ou comunicar, bem como o que o motiva a usá-lo. Compete ao professor fazer uma análise detalhada da atividade selecionada, para poder perceber o que é necessário para a realização da mesma. Compreender as habilidades específicas do aluno torna-se fundamental em qualquer modalidade de ensino, mais especificamente numa abordagem inclusiva. Quanto mais próximo o professor estiver do aluno, na medida em que o trabalho se consolida, novas formas e estratégias serão desenvolvidas possibilitando-o um ambiente criativo, contextualizado e repleto de condições e alternativas para um aprendizado efetivo.

 Portanto, a escolha do método de acesso ao computador (hardware convencional ou adaptado) irá depender das especificidades e habilidades do aluno e da atividade (software) a ser selecionada. Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho, pois criam um ambiente de aprendizagem em que o lúdico, a solução de problemas, a atividade reflexiva e a capacidade de decisão são privilegiadas. Desenvolvem a aprendizagem ativa, controlada pela própria criança, já que permite representar ideias, comparar resultados, refletir sobre sua ação e tomar decisões, favorecendo a autoria no processo de aprendizagem. Possibilita o desenvolvimento das funções perceptiva de atenção, discriminação, memória auditiva e visual, memória sequencial, coordenação viso-motora.

Nos aspectos cognitivos favorece a resolução de problemas, lógica-matemática, capacidade de síntese, leitura e escrita. Emocional possibilita o desenvolvimento da autoestima, autonomia e independência, estabelece limites, controla a ansiedade, rapidez de interpretação e resposta e a organização na realização das tarefas.

 Os softwares podem se apresentar de duas formas: abertos ou fechados. Os softwares fechados são aqueles em que não há intervenção da criança, apenas participação nas ações já previamente estabelecidas. Neles, encontramos jogos e desafios. O jogo, por exemplo, gera prazer e interesse, ao mesmo tempo auxilia na aquisição do autoconhecimento, ensina a lidar com símbolos e a pensar por analogia. A criança passa a entender regras e aprende a lidar com elas. Ele trabalha a formação de conceitos e de desenvolvimento de habilidades. 



Existe uma enorme quantidade de recursos físicos, ou seja, hardware, adaptados para atender aos portadores de deficiência física que possuem, por exemplo, dificuldades de locomoção e de limitação de certos movimentos. De modo simplificado, podem-se classificar em:

1. Adaptações físicas ou órteses - são todos os aparelhos ou adaptações fixadas e utilizadas no corpo do aluno e que facilitam a interação do mesmo com o computador. Exemplos: capacete com ponteira e pulseira de pesos.

2. Adaptações de hardware – de modo geral, todos os aparelhos ou adaptações presentes nos componentes físicos do computador, nos periféricos, ou mesmo,quando os próprios periféricos, em suas concepções e construção, são especiais e adaptados. Exemplo: as adaptações de teclado e do mouse.                                                      

3. Softwares especiais de acessibilidade, tais como Logo, Hagaquê, Internet, aplicativos do Office.



O uso da Tecnologia na Educação Inclusiva é além de importante, necessária , pois  possibilita à pessoa com deficiência oportunidades de aprendizagem, de  socialização, enfim , de qualidade de vida.

Referências bibliográficas 


COSTA, Maria Luiza Andreozzi. Piaget e a Intervenção Psicopedagógica, São Paulo: Editora Olho d’agua, 2002.

FERNANDEZ, Alicia. A Inteligência Aprisionada: Abordagem Psicopedagógica Clínica da Criança e Sua Família, Porto Alegre: Artmed Editora, 1991. 

MACHADO, N.J. Epistemologia e didática: as concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez Editora, 1996. 

VIEIRA, Fábia Magali Santos. A Utilização das Novas Tecnologias na Educação numa Perspectiva Construtivista. 22? Superintendência Regional de Ensino de Montes Claros Núcleo de Tecnologia Educacional – MG7 – ProInfo – MEC 

VITORINO, Janete Leony.O trabalho psicopedagógico e a aprendizagem segundo a abordagem Vygotskyana.

WEISS, Alba Maria Lemme, CRUZ, Mara Lúcia R. M. da. A Informática e os Problemas Escolares de Aprendizagem, Rio de Janeiro: DP&A editora, 2001 

WEISS, Maria Lúcia L. Psicopedagogia Clínica: uma Visão Diagnóstica 14°edição, Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

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